Relatórios

Estaremos publicando, frequentemente, o relatório de Casos de Dengue notificados e confirmados, classificados por bairro do município de Paranavaí - Pr.




Em 11/12/2011 temos, em Paranavaí, 365 casos de dengue notificados, sendo que 257 foram descartados, 101 casos foram confirmados e 03 casos são de pacientes que residem em outros municípios.





Atualmente, dos 322 casos notificados, 213 casos já foram descartados, 97 casos confirmados, sendo 94 de Paranavaí e 02 de Teodoro Sampaio e 01 de Americana - SP.
01 paciente de Tabaporã - MT. Resultado do exame: descartado
01 paciente de Americana SP - resultado positivo






ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ( DSTs) PARANAVAÍ – 2010.

1) UM BREVE HISTÓRICO.Na década de 90, as doenças sexualmente transmissíveis, faziam parte do rol das doenças de notificação compulsória, notificadas no sistema SINAN-DOS. Com a implantação da versão SINAN-Windows, boa parte das DSTs deixaram de compor esta lista . No momento estamos na versão SINAN-NET, que contempla a digitação de apenas algumas DSTs como: sífilis, sífilis em gestantes, sífilis congênita, Aids ( adulto e criança) e as Hepatites B e C.
O Setor de Epidemiologia já realizava na época a estatística das DSTs, que eram notificadas semanalmente pelas UBS, porém uma das deficiências deste sistema era controlar as duplicidades das notificações, pois o trabalho era realizado manualmente, acarretando assim um perfil epidemiológico irreal. Após, as notificações passaram a ser realizadas através do formulário do SINAN, essa maneira de notificação também teve de ser revista, pois estava sendo emitido um grande montante de formulário, sendo que nem todas as notificações poderiam ser lançadas no Sistema SINAN, tínhamos que encontrar uma maneira de ter um programa que suprisse tal necessidade, várias tentativas foram feitas, mas sem sucesso. Com a necessidade de agilizar e melhorar a qualidade da informação, foi destinado recursos do Plano de Ações e Metas (PAM) na compra de computadores para as Unidades de Saúde e assim, implantar um programa específico nas notificações das DSTs, porém, devido à falta de estrutura física e de recursos humanos houve novamente o comprometimento da informação, sendo que nesta época o programa expirou e as fontes notificadoras não tinham mais acesso ao mesmo. Após a detecção do problema, o Setor de Epidemiologia entrou em contato com o responsável pelo programa que alegou ter rompido contrato com a prefeitura. Com o objetivo de sanar o problema, foi solicitado ao CPD da prefeitura que retomasse o programa, mas a resposta foi que devido à falta de funcionários e o período de férias, não seria possível atender à nossa solicitação. O problema foi levado ao secretário de saúde, que nos solicitou para aguardar, pois estavam adquirindo um software que iria contemplar nossas necessidades, mas esse processo levou aproximadamente de 01 (um) a 2 (dois) anos.
Com a aquisição e implantação do Sistema SigSaúde pela Secretaria Municipal em agosto de 2008, o Setor de Epidemiologia solicitou a adequação para a realização das notificações das DSTs no referido sistema. Após treinamento das equipes das Unidades Básicas de Saúde, as notificações passaram a ser realizadas de forma descentralizada.
No ano de 2010, o Sistema apresentou falha com relação à soma dos relatórios por Unidade de Saúde e duplicidade de doença, o Setor de Epidemiologia entrou em contato com o responsável pela manutenção, que realizou o reparo das referidas inconsistências.

2) ANÁLISE DAS DSTs NOTIFICADAS EM 2010.
O Setor de Epidemiologia se preocupa com a quantidade e qualidade dos dados a ele notificados. A análise apresentada na tabela 1 refere-se aos dados digitados pelas Unidades Básicas no Sistema Sig. Saúde, e notificações através do SINAN, referente às DSTs, do ano 2010.

Tabela 1
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Ao analisarmos a tabela 1 observamos que do total de 677 casos, 660 foram notificados através do Programa Sig. Saúde e, 17 casos de hepatite foram notificados ao Setor através do SINAN, sendo 06 casos de Hepatite B, 09 de Hepatite C, 01 de Hepatite B e C e 01 aguarda resultado de exame para ser encerrada. Do total de 677 casos, 573 foi do sexo feminino, representando um percentual de 84,6%. As doenças de maior incidência foram: Gardnerella com 419 notificações sendo, 384 casos em mulheres e 35 casos em homens, representando 61,8% do total de casos notificados. Em ordem decrescente a Candidíase, com 77 casos notificados sendo 73 mulheres e 04 homens, representando um percentual de 12,45% do total das notificações. As DSTs não especificadas com um total de 59 casos notificados, representando um percentual de 8.9%, com 43 notificações os condilomas, desses 17 ocorreram em mulheres e 26 em homens, perfazendo um total de 6,6%. As Trichomonas com 32 casos, sendo 23 em mulheres e 09 casos em homens. Seguindo ainda a ordem decrescente foram notificados também: 7 casos de gonorréia, 7 de sífilis, 4 de herpes, 3 leucorréia, 2 vulvo-vaginites e 1 caso de sífilis congênita.Com relação a esta última, o caso foi investigado, a criança acompanhada, mas não houve a necessidade de tratamento, de acordo com o protocolo de sífilis do Ministério da Saúde.

Tabela 2
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Ao analisarmos o quadro por mês de notificação, observamos que os meses em que houve maior número de notificações foram: março, maio, julho, e setembro numa média de 80 notificações mês.

Tabela 3
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Conforme dados da tabela 3, as Unidades de Saúde que mais contribuíram com as notificações ( em ordem decrescente), foi : Laboratório Pasteur com 131, UBS Sumaré com 95, UBS Jardim Ipê 89, UBS Jardim São Jorge 82 casos, UBS NIS Central com 79, UBS Jardim Campo Belo 65 casos, UBS Jardim Morumbi 44 casos, as demais Unidades de Saúde tiveram menos de 30 notificações/ano.
O que nos chama atenção é o baixo número de casos informados pelas Unidades Básicas do Caic e do Jardim Maringá, onde foram notificados 29 e 04 casos respectivamente, ficando evidente a sub-notificação.

Tabela 4
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Conforme a Tabela 4, podemos concluir que as notificações das DSTs vem diminuindo a cada ano. Atribuímos essa diminuição, entre outros fatores, também a criação de uma coordenação específica no ano de 2005, para realizar os trabalhos de prevenção, diagnóstico e tratamento. Acreditamos que os trabalhos de prevenção realizados pelo SINAS (Sistema Integrado de Atendimento em Saúde), nas escolas, empresas públicas e privadas, etc, esteja contribuindo para uma maior conscientização sobre da gravidade das mesmas e a importância do uso do preservativo.